quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Gestantes com incontinência urinária têm 6 vezes mais chance de continuar com o problema depois do parto

Você vai perceber que durante a gravidez as suas idas ao banheiro para fazer xixi vão aumentar, principalmente no fim da gestação, quando o útero está mais dilatado e o peso do bebê comprime a bexiga. Isso faz com que ela consiga armazenar menos líquido e, às vezes, a urina pode vazar se você fizer algum esforço mais forte ou inesperado, como espirrar ou tossir. Esse vazamento é chamado de incontinência.

Um novo estudo mostra que as mulheres que sofriam com a incontinência durante a gestação têm seis vezes mais chances de continuar com o problema depois do bebê nascer quando comparadas às mães que nunca tiveram os sintomas. E, entre as que tinham a incontinência urinária e tiveram parto normal, o risco do problema permanecer nas primeiras semanas após o parto era ainda maior . Mulheres acima do peso também apresentaram mais riscos, assim como as que tinham mais de 35 anos ou que traziam um histórico de incontinência na família.


A incontinência pode ser causada por três motivos diferentes. Entre as grávidas, o mais comum é pela compressão da bexiga, que fica apertada pelo útero. Esse é um caso benigno, que acaba assim que termina a gravidez. Mas o problema também pode acontecer se a mulher apresentar uma composição genética fraca de seu colágeno (uma proteína importante para unir e fortalecer tecidos do organismo), o que pode já acarretar a frouxidão dos músculos da bexiga pelo simples motivo dela ter ficado grávida e esses músculos terem sido forçados. Uma causa mais grave pode ocorrer durante um parto vaginal se o bebê for muito grande, se o parto for mal assistido ou se for utilizado fórceps de maneira errada. Nessas condições, os músculos que apoiam a bexiga podem ser lesionados permanentemente.


Como explica Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do hospital Sírio Libanês, o problema pode persistir até seis meses depois do parto. Nos casos mais graves de lesão, a única forma de acabar com a incontinência é por cirurgia. Isso porque “o problema primário não está no assoalho pélvico, mas nos músculos que sustentam a bexiga. Quando o caso não é grave, exercitar os músculos pélvicos pode ser o suficiente para acabar com a incontinência”.


Isso não quer dizer que as mulheres que têm parto normal vão ter incontinência após a chegada do bebê. É bom lembrar que nem todos os partos vaginais levam a uma lesão desses músculos. O problema acontece com mais frequência em mulheres que já apresentam histórico do problema na família. Nesses casos a causa é, principalmente, o colágeno fraco que o próprio organismo da mulher produz e que é formado segundo sua genética.


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